Centro de Campinas

Largo da Catedral em Campinas SP, década de 80.



O centro de Campinas sempre me trouxe boas recordações. Quando criança passeava com minha mãe pelas lojas, despreocupadamente. Minha preferida era a Muricy, onde fica a Pernambucanas, a quem eu carinhosamente chama va de Muricoca. No último andar tínhamos um restaurante maravilhoso, onde íamos tomar lanche.
Poltronas bem aconchegantes, luzes amarelinhas sem contar com as mesas que ficavam numa espécie de varanda, que nos dava uma agradável vista do centro de Campinas.
A última fez que pisei lá tinha ganhado um tênis Le Coq Sportif que era última moda. Já estava com ele no pé, sentadinha na cadeira, balançando os pés e esperando naquele solzinho bom que aquecia aquela manhã fria, nosso lanche chegar.
Depois disso a Muricy fechou, o Mappin fechou, A Mesbla fechou. Tudo foi mudando e muda até hoje.
Naquela época, fim dos anos 80 o único shopping da cidade era o Iguatemi. Frequentar o centro de Campinas era algo extremamente comum, e não uma aventura como é hoje. Assisti Parque dos Dinossauros, O Rei Leão, Alladim, todos eles no Cine Jequitibá, que hoje virou uma igreja do pastor suado Valdemiro.
Amava poder olhar o céu, as lojas todas diferentes. A Praça Carlos Gomes também me chamava atenção pelas árvores e pelos brinquedos. Enfim, visitar o centro de Campinas era um passeio e tanto!
Na adolescência, meu grito de liberdade era tomar ônibus sozinha, ir ao centro e não me perder. Me sentia uma “mocinha”.
Mantive este hábito até os dias de hoje, apesar de toda degradação que o Centro vem sofrendo.
Nesta semana assisti a missa de Santa Rita de Cássia na Catedral, comprei roupinhas, fui na Feira de Artesanato na Praça do Carmo.
Passei na Galeria Barão Velha, namorei os prédios antigos e me despedi.
Foi uma despedida dolorida, mas necessária. Não digo que nunca mais, porque enquanto puder visitarei o Centro, mas o Poder Público deixou a situação a beira do caos.
Sou destemida, talvez por nunca ter sido assaltada, talvez por ser precavida, mas o fato é que o Centro está muito INSEGURO.
Antigamente, digo até 2006 era possível saber quem eram os mendigos que freqüentavam a região. Eles nada de mau faziam aos transeuntes. Tinha o homem da perna imensa podre, o tio que vivia cheio de cachorros, os carinhas do semáforo da Glicério, a prostituta negra de cabelo curto vermelho de corpo espetacular que ficava em frente a Renner, tinha outra prostituta loira, senhora de cabelo curtinho que ficava na Óptica da esquina da José Paulino.
Essas figuras sumiram. Atualmente uma nuvem de pessoas mal encaradas, maltrapilhas rodeiam os pedestres. Gritam, gesticulam, assustam quem anda ali. Durante a noite um manto preto e denso cobre aquela região. José Paulino e Costa Aguiar ficam intransitáveis.
Durante o dia a Catedral fica tomada de mendigos e usuários de drogas. O cheiro do entorno da Catedral é insuportável, um misto de urina e fezes.
As pessoas são mal educadas, totalmente mal vestidas e também vestidas. Antigamente as pessoas eram de uma simplicidade DIGNA. Nada de luxo, mas tudo lavado e passado.
O mundo mudou e as pessoas também.

Guanabara

Imóvel localizado na Av Barão de Itapura. Residencias deste tipo, porém menos suntuosas eram comuns no bairro até 2010.



O que mais me fascinava no Guanabara além dos paralelepípedos, eram as casas antigas.
Trabalho na região há quase dez anos e sou perdidamente apaixonada por aquele bairro. Tenho vínculos fortíssimos por lá. Posso dizer que sou chamada pelo nome na maioria dos estabelecimentos que frequento, sejam restaurantes, lojas, farmácias ou estacionamentos.
Ali me sinto em casa.
No inicio, antes do boom imobiliário e dessa especulação insana que tomou conta do mercado, o Guanabara era um bairro bem mais tranquilo, com pouco trânsito.
Adorava ir para casa a pé, namorando as casas antigas, suas grades trabalhadas, seus mosaicos com pastilhas. Andar a pé ali era como voltar ao tempo, uma delícia.
O sol não encontrava barreiras em prédios monstruosos, os paralelepípedos reluziam com a luz dourada do entardecer. Em suas esquinas era e é possível tomar um café bem quentinho e experimentar alguma guloseima fresquinha. Dizia que quando crescesse gostaria de morar ali.
O tempo passou e especialmente em 2011 para este 2012, muitas casas antigas foram demolidas. Uma tristeza. O bairro passa por um processo de verticalização assustador. Algumas residencias que sobraram deram lugar a estabelecimentos comerciais que alteraram completamente a fachada das casas.
Isso me corta o coração. Aos poucos o Guanabara antes bucólico, ameaça virar um mini Cambuí.
Fotografarei alguns terrenos que já tiveram suas casas demolidas e outras que sofrem com a alteração de fachadas.
Na verdade a única certeza que temos é sobre a mudança. Tudo muda, ninguém entra no mesmo rio duas vezes, porque as pessoas não são as mesmas, assim como as águas.
A boa notícia é que temos memória. E é nela que guardarei as lembranças mais doces do meu querido Guanabara ou Vila Itapura.

Meu estilo!




Dia das Mães


Aproveitando a brecha do Dia das Mães que se aproxima, que tal dar um abraço, um beijo e dizer olhando no fundo dos olhos o quanto ama sua mãe?
Não precisa ser mãe biológica, pode ser aquela avó que criou no lugar da mãe, uma tia, uma amiga, quem quer que seja que assumiu este papel.
Porque mãe é aquela que cuida, educa, agrada, defende, repreende. E laços consanguíneos são apenas um detalhe.
Claro que as mães amam e DEVEM receber presentes, mas nunca deixemos que esta data seja apenas comercial, jamais sintamos ao presenteá-las a sensação de missão cumprida. Deixemos esta sensação para o que é obrigatório. Amor de mãe é incondicional.
Desejo a todas as mães sejam elas mães de gente, de gato, de cachorro, todas um maravilhoso Dia das Mães.
E desejo a minha mãe Nadja Prado todo amor que houver nessa vida.
 Mãe, amo muito você!
Que Deus te proteja e que nossa caminhada nesta vida seja a melhor possível, compartilhando alegrias, dificuldades e aprendizado.
Tudo na vida passa. Menos o amor que existe dentro de nós.

Feliz Dia das Mães!

Gostei!



E não que a Pitty ficou ótima assim?

Repaginada


Minha varanda estava muito confusa. Muitos objetos sem nenhuma ligação entre si. Aproveitei e dei uma repaginada FORTE nela. Tirei vasos, mandala, tudo que eu tinha enjoado e estava excedente.
Ganhei da minha mãe esta linda gaveta azul feita por ela, juntamente com o quadro de pássaro. Amo este azul e fiz uma composição legal com o branco da mini cadeira.
Ficou delicado e o melhor: Feito com carinho, pelas mãos de minha mãe!

Thank mummys ;)

Raridade - Manequim Antigo

Meu colchão novo chegou ontem! Ai que alegria, amei de paixão, tive uma noite maravilhosa hoje...Como minha mãe diz:  Colchão, chuveiro, arroz e feijão não podem faltar numa casa!

Fui comprar roupas de cama novas e no caminho passei em frente a uma loja que tem de tudo a um preço muito bom. Fique claro que é uma espécie de “brechó”, só que com móveis e eletrônicos.
A calçada estava ABARROTADA. Tinha revisteiros antigos de imbuia, cadeiras retrô anos sessenta e pasmem! Um manequim com a base de madeira, todo torneado. O busto era de madeira também.
Do carro vi que era uma raridade. Estacionei na esquina e corri lá! O dono é gente finíssima, e não resisti, trouxe a peça. Na verdade, compraria de qualquer jeito, porque é o tipo de peça que não tem preço.
Olhem que fofo ficou no meu quarto:





Um gole de poesia




Não me procures ali
Onde os vivos visitam
Os chamados mortos.

Procura-me
Dentro das grandes águas
Nas praças
Num fogo coração
Entre cavalos, cães,
Nos arrozais, no arroio
Ou junto aos pássaros.

Ou espelhada
Num outro alguém,
Subindo um duro caminho
Pedra, semente, sal

Passos da vida. Procura-me ali.
Viva.


Hilda Hist

Peças









Queridos!



Brotar do impossível chão





Jamais pensei em expor numa feira, porque artesanato pra mim sempre fui um hobby, sendo assim as peças que eu fazia eram destinadas a uso pessoal. Porém com o passar do tempo o volume de peças feitas cresceu de tal maneira que acabei tomando coragem de expor.

Participar da Feira de Artesanato Beira Rio - Sousas foi uma realização pessoal, antes de tudo. Foi um prazer receber elogios e ver artistas reconhecendo meu trabalho e o de minha mãe, que foi feito com muito carinho, capricho e dedicação.
Os caixotes que fiz são um exemplo de dedicação e paciência, são peças grandes, demoram em média uma semana para ficarem prontos dados os intervalos entre os processos de lavagem, lixar, pintar, impermeabilizar. Embora os leigos possam achar que seja “fácil” fazer um caixote o fato é que fazê-lo demanda um grande esforço físico e um enorme uso de tempo.
Sou muito grata a minha mãe, Nadja Prado que compartilhou comigo esta oportunidade expondo suas peças e me auxiliando nesta empreitada.
Continuarei fazendo peças, porém num ritmo infinitamente lento, sendo as mesmas destinadas para presentear pessoas queridas.
Minha missão hoje chegou ao fim. As peças que foram comercializadas que sirvam para trazer alegria aos lares em que forem recebidas. Aos que compraram, saiba que além de exclusivas as peças também são de edição limitada.
As coisas mais belas são feitas por inspiração e não por obrigação. A isso dou o nome de LIBERDADE, condição essencial para aqueles que produzem com o CORAÇÃO.

Valeu!

Sonho Impossível

Sonhar
Mais um sonho impossível
Lutar
Quando é fácil ceder
Vencer
O inimigo invencível
Negar
Quando a regra é vender
Sofrer
A tortura implacável
Romper
A incabível prisão
Voar
Num limite improvável
Tocar
O inacessível chão
É minha lei, é minha questão
Virar esse mundo
Cravar esse chão
Não me importa saber
Se é terrível demais
Quantas guerras terei que vencer
Por um pouco de paz
E amanhã, se esse chão que eu beijei
For meu leito e perdão
Vou saber que valeu delirar
E morrer de paixão
E assim, seja lá como for
Vai ter fim a infinita aflição
E o mundo vai ver uma flor

Brotar do impossível chão.

Compostela

Compostela é um restaurante daqueles que a gente senta e se esquece do tempo. Manobrista, estacionamento por conta da casa, excelente atendimento, comida deliciosa! Pra quem é de Campinas ou de outras cidades, vale a pena passar por lá! O site é:

http://www.restaurantecompostela.com.br




 ara | Campinas SP | 
Hu



Convite!


Vovó Sebastiana estará lá!