Vovó Ana
Meu cantinho tem nome de avó... E eu infelizmente não tive a
oportunidade de conviver com as minhas. Minha avó paterna morreu quando meu pai
tinha 14 anos de idade. Soube que ela era uma mulher forte, limpa, vaidosa, trabalhadora
e um tanto liberal. Conversava com meu pai assuntos considerados “tabu” com
naturalidade. Morreu aos 41 anos vitima de um infarto fulminante.
Minha avó materna era doce, calma e de personalidade meiga.
Dela trago alguns pedaços de lembrança como as manhãs em que eu acordava
cedinho e ia a sua casa tomar café.
Um fato me emocionou muito, meus pais disseram que certo dia
eu chorava sem parar, eles estavam agoniados, não conseguiam descobrir a causa.
Minha avó se aproximou e com as suas
mãos me acalmou completamente. Também cuidou de mim quando era bebê, nasci com
impetigo e minha mãe tinha pena e medo de tratar minha pele e minha avó cuidou
de mim com todo o carinho.
Dela levo sensações de docilidade e carinho. Ela morreu em
1991 quando eu tinha sete anos. Ficou acamada por oito anos, totalmente
dependente. Diziam ter “esclerose”, mas hoje suponho que ela tinha sequelas
profundas de um AVC.
Gostaria de ter lembranças do cotidiano com elas. Bolos
comidos depois de uma tarde de brincadeiras, passeios, essas coisas que só uma
avó pode fazer.
Quem tem avó, cuide bem delas. São como jóias e estão no
nosso meio para nos ensinar muito!
Quem nunca ouviu uma avó fazer recomendações severas contra
a “friagem”?
Muito saudade de minha mãe Jeannette!!!
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